Inovação na USP: Destaques da inauguração do Microscópio Confocal STELLARIS

A ciência avança na USP! Reviva os melhores momentos do workshop que apresentou o Microscópio Confocal STELLARIS, a tecnologia que promete transformar a pesquisa brasileira.

A comunidade científica da Universidade de São Paulo (USP) e a Harpia celebraram um marco significativo na pesquisa: a inauguração do sistema de Microscopia Confocal STELLARIS no Centro de Facilidades de Pesquisa (CEFAP) do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP). 

O evento, que reuniu pesquisadores e especialistas, não foi apenas uma cerimônia; foi um workshop detalhado sobre o futuro da imagem biológica no Brasil.

A Harpia marcou presença, reafirmando nosso compromisso com a inovação e o suporte à ciência de ponta. A seguir, destacamos os principais tópicos abordados que posicionam o Microscópio Confocal STELLARIS como uma ferramenta de excelência para a comunidade acadêmica.

O salto da microscopia convencional para o Microscópio Confocal STELLARIS

O workshop, conduzido por Piero, representante da Leica, iniciou com uma fundamental revisão dos conceitos de microscopia. Foi destacada a transição das técnicas de contraste de luz (como campo claro, Contraste de Fase e DIC) para a fluorescência, base da tecnologia confocal.

Fundamentos da fluorescência: O Deslocamento de Stokes

A apresentação detalhou o fenômeno físico da fluorescência: a absorção de luz (excitação) e a subsequente emissão de um fóton com menor energia (maior comprimento de onda) — o chamado Deslocamento de Stokes.

Foi reforçado que a fluorescência é essencial na biologia por ser um sinal específico, altamente sensível e quantificável, viabilizando o estudo de estruturas celulares através de:

  • Autofluorescência intrínseca: Sinal natural de moléculas como a clorofila ou resíduos de aminoácidos.
  • Fluoróforos extrínsecos: Corantes sintéticos (DAPI), imunofluorescência e proteínas fluorescentes (GFP).

O ponto crucial levantado foi a limitação da microscopia Widefield (campo amplo), onde a iluminação total da amostra resulta em captação de luz fora de foco, gerando imagens borradas em amostras mais espessas. É aí que a tecnologia do Microscópio Confocal entra em cena.

A revolução do seccionamento óptico no microscópio confocal

A microscopia confocal é a solução para o problema da luz fora de foco. O princípio da confocalidade é elegantemente simples, mas profundamente eficaz:

  • Pinhole estratégico: A colocação de um pinhole em frente ao detector assegura que apenas a luz proveniente do plano focal atinja o sensor.
  • Seccionamento óptico: Ao eliminar o sinal fora de foco, o sistema permite o seccionamento óptico da amostra, reconstruindo estruturas tridimensionais (3D) com clareza e precisão incomparáveis.

Destaques da Plataforma STELLARIS: O poder da inovação na USP

O sistema Microscópio Confocal STELLARIS agora disponível no CEFAP-USP é modular e incorpora ferramentas avançadas que se concentram em três pilares: Poder, Potencial e Produtividade.

1. Poder de ver mais: Flexibilidade e sensibilidade excepcionais

O STELLARISestá equipado com tecnologias de ponta para otimizar a aquisição de imagens:

  • White Light Laser (WLL): O grande diferencial. O WLL permite excitar qualquer fluoróforo no espectro entre 485 nm e 790 nm, ajustável nanômetro por nanômetro. Essa flexibilidade espectral amplia drasticamente as possibilidades de experimentos, permitindo o uso de múltiplos marcadores em co-localização.
  • Detecção espectral aprimorada: O sistema utiliza um prisma (mais eficiente que filtros fixos) e novos detectores híbridos do tipo S (Power HyD). Esses detectores são mais sensíveis que os convencionais, viabilizando a contagem de fótons e a multiplexação (aquisição de imagens de até 8 ou mais cores simultaneamente).
  • Live-Cell Imaging otimizado: A alta sensibilidade dos detectores e a versatilidade do WLL permitem o uso de potências de laser muito baixas. Isso reduz drasticamente a fototoxicidade e o fotodano, possibilitando experimentos de longa duração em células vivas. (Destaque do Resonant Scanner, que permite imagens ultra rápidas).

2. Potencial de descobrir mais: A dimensão TauSense

O STELLARIS vai além da intensidade da fluorescência, introduzindo as ferramentas TauSense, que exploram o tempo de vida (lifetime) da fluorescência (medido em nanosegundos) para revelar o microambiente molecular.

  • Tau Contrast: Mapeia a imagem pela diferença no tempo de vida (e não pela intensidade), revelando alterações no microambiente (como pH ou viscosidade) sem a necessidade de novos reagentes.
  • Tau Separation: Usa as diferenças de tempo de vida para separar sinais de fluoróforos que emitem no mesmo comprimento de onda. É ideal para distinguir marcadores distintos ou separar o sinal de interesse da autofluorescência de tecidos, um grande desafio na microscopia.
  • Tau Interaction (FRET-FLIM): Permite mapear a interação proteína-proteína (FRET) medindo a redução no tempo de vida do fluoróforo doador. Essa é uma métrica quantitativa e menos suscetível a artefatos do que o FRET convencional.

3. Aumento da produtividade: Agilidade e dados confiáveis

A plataforma STELLARIS foi desenhada para otimizar o fluxo de trabalho dos pesquisadores:

  • Lightning (Deconvolução avançada): Um algoritmo exclusivo da Leica que entende a óptica do sistema e faz a deconvolução da imagem, aumentando a resolução em até duas vezes (atingindo 120 nm) e melhorando a relação sinal-ruído. Pode ser aplicado a posteriori, permitindo a validação lado a lado com a imagem original.
  • Dynamic Signal Enhancement (DSE): Melhora a qualidade das imagens em aquisições ultra rápidas (como o escaneamento ressonante), reduzindo o ruído dinamicamente.
  • Navigator: Ferramenta de automação para aquisição de imagens em múltiplos pontos ou em grandes áreas (tiling), facilitando a criação de mapas de foco para amostras irregulares.

O futuro começa agora: STELLARIS no CEFAP-USP

O sucesso do workshop, que uniu ciência, inovação e colaboração, marca o início de uma nova era na microscopia confocal no Brasil. O Microscópio Confocal STELLARIS é um recurso poderoso, agora à disposição da comunidade do ICB e da USP, pronto para impulsionar investigações e descobertas científicas. 

A modularidade do sistema ainda permite futuras expansões com técnicas como STED (nanoscopia/super-resolução) e o módulo Falcon (para análise FLIM completa).

A Harpia sente-se honrada por ter marcado presença neste grande evento e acompanhar essa tecnologia tão transformadora na Universidade de São Paulo. Reafirmamos nosso compromisso em fornecer as soluções mais avançadas para a pesquisa científica no país.

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